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quinta-feira, 19 de março de 2015

Livre estou! Sigo o meu caminho dentro do Caminho!

Cada povo tem a sua paixão. O meu povo tem paixão por festa. Como gosta de festa. É uma festa atrás da outra. Mas nem toda festa é igual. Existem três festas que muitos fazem o que podem para não perder. Uma delas é a festa das tendas (Jo 7:2, 11, 37). Tem esse nome porque gente de perto e de longe come e dorme - ou apenas come - em tendas feitas de ramos, que ficam ao ar livre por sete dias. Dentro delas todos se lembram de um tempo muito difícil na vida do povo de Israel, o tempo em que viveu em tendas muito frágeis, ao longo de sua longa viagem da terra do fel - Egito - para terra do mel - Canaã. E a lição que fica, sempre que se faz essa festa, não é outra senão a de que Deus sempre cuida do seu povo.
Com tanta gente no mesmo lugar, muitos não perdiam a chance de arrumar novos amigos e novos amores. Já ouviu dizer que a ocasião faz o ladrão? E é assim mesmo. Certas ocasiões parecem nos forçar a fazer coisas muito loucas. Olha só o meu caso. Eu nunca pensei que trairia o meu marido. Nós nos amávamos muito. Além do mais, cheia de mim mesma eu sempre dizia para mim mesma: "Nunca farei um coisa dessas". Não me lembrei do alerta, o que está em pé olhe para que não caia. Esse foi o meu maior erro: Crer que cairia em qualquer área, menos nessa. Se não fosse isso, não teria dado atenção para o rapaz que montou a sua tenda a poucos metros da nossa. Faria de tudo para não passar nem parar na frente da tenda dele, ainda mais sem a mulher que Deus lhe havia dado por perto.
Hoje admito que ignorei uma fato obvio demais, que eu sabia desde sempre: "O espirito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca". Deus e o diabo não têm nada a ver com a minha queda. A minha carne causou a minha queda. E a minha queda quase me destruiu para sempre. É que logo depois do prazer, houve o flagra (Jo 8:4). À vista de todos, fui posta à força diante de Jesus, nos átrios do templo. Não havia a menor chance de sair dali com vida. O meu crime sexual era digno de pena de morte. Assim que fosse dada a ordem, teria inicio a minha morte doída e lenta. A ordem não tardou: "Quem não tiver culpa ou falha pode iniciar, pode atirar a pedra que traz nas mãos".
Como não senti a pedra atingir o meu corpo, ergui o rosto para ver o que havia ocorrido. O que vi? Vi cada um dos que queriam a minha morte se afastar do local, até sumir entre o povo que se ajuntou ali para assistir tudo de perto. Os mais velhos saíram primeiro. Fiquei diante de Jesus (Jo 8:9), o único que podia de fato me atirar pedras. Ele "não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca" (I Pd 2:22). Alguém assim podia, claro, acabar com a minha a vida ali mesmo. Tão logo o vi se erguer do chão, gelei. Pensei assim: "A minha hora chegou. Fiquei livre das pedras dos que sempre pecam, mas não das pedras do que nunca peca". De novo, corria risco de morte.
Ao notar que todos tinham saído dali, Jesus me indagou: "Mulher, onde eles estão? Ninguém condenou você?" Eu, com a voz baixa, disse-lhe: "Ninguém, Senhor". O que ouvi da boca dele a seguir me deixou atônita: "Nem eu. Eu não te condeno porque daqui pouco serei condenado em seu lugar. Pagarei pelo seu pecado". Ele me disse ainda: "Siga seu caminho. Mas, de agora em diante, não volte a pecar, ou seja, deixe de fazer o mal para si mesma e de fazer o mal para os outros". Eu aprendi uma coisa aqui. Embora não exista ninguém mais rigoroso para com o pecado do que Jesus, não existe ninguém mais gracioso para com o pecador do que ele.
Agora, pense comigo: Como eu ainda iria querer viver para pecar? Para sempre eu me sinto olhada por aquele olhar que me salvou de todos e, acima de tudo, de mim mesma. A vida que agora vivo não a vivo mais na carne, mas a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se doou por mim. Jesus me livrou para viver uma vida livre. Vou viver para sempre assim. De hoje em diante, com a ajuda de Jesus, nunca mais vou dar ocasião à carne, porque sei que quem faz isso dá ocasião à morte. E eu não tenho mais nada com a morte. A minha aliança é com a Vida. Livre estou! Desde então, sigo o meu caminho dentro do Caminho!
Genilson Soares da Silva

Fonte: Guiame, 

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